quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A escassez de peixes e o problema das Fazendas Aquáticas

Sempre falamos em terra, mas não podemos nos esquecer dos mares. Muitas pessoas questionam vegetarianos quanto ao consumo de peixes. Ora, peixes e frutos do mar também são seres vivos sencientes e são necessários para o equilíbrio de seu habitat natural.Porém, a pesca predatória, a pesca “roubada” (realizada por piratas) e a destruição dos manguezais vem acabando com populações inteiras de peixes e outras espécies marítimas.

A pesca predatória nos oceanos é responsável pela redução dos cardumes de 76% das espécies de peixes. Segundo relatório da FAO, em 2007, alguns peixes estão condenados à extinção, como é o caso do Atum Azul do Sul, do Pacífico e do Atlântico, cuja espécie sobrevive com menos de 1% de sua totalidade. Já o Bacalhau do Atlântico, explorado em excesso, está em declínio, e os cardumes de algumas regiões, como o Mar do Norte, estão tão reduzidos que cientistas estão recomendando que a pesca nessas regiões seja suspensa.

Nos últimos 12 anos, fazendas aquáticas marinhas veem sendo utilizadas como alternativa para a criação de pescado. Porém, os impactos ambientais desses criadouros são nocivos aos demais habitantes de ecossistemas próximos às fazendas, podendo se estender ao resto do oceano. A utilização de produtos veterinários para evitar doenças faz com que algas tóxicas se proliferem, o que retira o oxigênio da água e causa a mortandade de espécies, assim como a grande quantia de peixes da mesma espécie propicia o aparecimento de doenças e vírus que se disseminam e acabam com fazendas inteiras.

Outro grande problema das fazendas aquáticas, e talvez o maior, é quando sua instalação ocorre no mangue, onde há grande concentração de nutrientes. 75% da vegetação de mangue já fora destruída nas Filipinas, assim como metade das áreas de mangue na Tailândia e 25% na Malásia. O mangue serve como suporte à vida de milhares de espécies aquáticas ou não, pois por ser rico em matéria orgânica e nutrientes, é utilizado como berçário por muitas espécies que encontram nele um meio de fácil sustentação. Sua destruição significa a diminuição da reprodução de muitas espécies que, combinada com a pesca predatória, correm o risco de desaparecer dos mares.


Fontes:
Fishery Statistical Collections - Global Tuna Catches by Stock (FAO - ONU)
Ambiente Brasil
Planeta Sustentável
GreenPeace
GreenPeace (2)

Um comentário:

taxicomum disse...

Não se preocupe, vamos antes deles...
Inte mais.